Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Desvelando o conceito de transparência: seus limites, suas variedades e a criação de uma tipologia

2020; Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas; Volume: 18; Issue: 2 Linguagem: Português

10.1590/1679-395173192

ISSN

1679-3951

Autores

Karina Furtado Rodrigues,

Tópico(s)

Corruption and Economic Development

Resumo

Resumo Este artigo se propõe a desvelar o conceito de transparência levando em conta seus limites, suas variedades e suas formas de identificação. Parte-se da premissa de que o sigilo é vital na realização de algumas políticas públicas, o que faz com que a análise de transparência nesses contextos tenha parâmetros distintos de políticas que não necessitam de sigilo. Almeja-se preencher uma lacuna na literatura, que desconsidera os diferentes níveis de acesso à informação pelos cidadãos existentes nas organizações públicas. Por meio da aplicação do método de construção conceitual de Goertz (2006a) ao conceito de transparência de Michener e Bersch (2013), também considerando as variedades e os tipos de transparência abordados por Hood e Heald (2006), propõe-se uma tipologia que conta com quatro subtipos de transparência nas organizações: a (1) transparência plena; a (2) transparência nominal; a (3) transparência condicionada; e a (4) transparência na atribuição e gestão de informações sigilosas. A tipologia revela uma gama de diferentes níveis e formas de transparência nas organizações, não mutuamente excludentes e capazes de aferir com maior precisão a real transparência das instituições. Por fim, discutem-se as definições e as possibilidades analíticas de cada um dos subtipos.

Referência(s)