
PREVALÊNCIA DE RISCO CARDIOVASCULAR A PARTIR DE PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
2019; Volume: 17; Issue: 60 Linguagem: Português
10.13037/ras.vol17n60.5640
ISSN2359-4330
AutoresElise Gabriela Rosa Santos, Palloma Yafuso Pereira, Denise Ruri Utsunomia Sekiya, Rita Maria Monteiro Goulart,
Tópico(s)Healthcare Regulation
ResumoIntrodução: As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Entre os fatores de risco cardiovasculares identificados em crianças brasileiras destaca-se o excesso de peso. Em estudos epidemiológicos e na prática clínica, valorizam-se medidas antropométricas por serem acessíveis, rápidas, não invasivas, de baixo custo e com maior facilidade de aplicação. Objetivo: Verificar a prevalência de risco cardiovascular em crianças e adolescentes atendidos em ambulatório multidisciplinar, utilizando-se parâmetros antropométricos e verificar a existência de correlação entre estes parâmetros. Métodos: Estudo retrospectivo realizado com 470 crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos de idade, de ambos os gêneros, atendidos por equipe multidisciplinar, em projeto filantrópico de um hospital no município de São Paulo. As informações foram coletadas dos prontuários do serviço, sendo utilizadas as seguintes variáveis: peso, estatura, circunferência do pescoço (CP), circunferência da cintura (CC). Foram calculadas a relação cintura/estatura (RCE) e índice de massa corporal (IMC). Foi analisada a correlação entre as medidas antropométricas. Resultados: Em relação ao IMC, 23,6% apresentaram sobrepeso, 12,3% obesidade e 3,8% obesidade grave. O risco cardiovascular foi identificado em 39,7% das crianças e adolescentes. Em CC, 12,1% e RCE, 24,5% do total apresentaram risco para DCV. Houve forte correlação entre CC e RCE, e entre IMC e RCE. Conclusão: A prevalência de risco para DCV variou de 12,1% a 39,7%, dependendo do parâmetro antropométrico utilizado. As medidas antropométricas utilizadas em conjunto no atendimento ambulatorial de crianças e adolescentes são eficazes para avaliar o risco de DCV, uma vez que há correlação entre as mesmas. Ressalta-se que aplicadas isoladamente podem sub ou super estimar o risco cardiovascular.
Referência(s)