
Associação de variáveis sociodemográficas e clínicas com os tempos para início do tratamento do câncer de próstata
2019; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA; Volume: 24; Issue: 9 Linguagem: Português
10.1590/1413-81232018249.31142017
ISSN1678-4561
AutoresRaone Silva Sacramento, Luana de Jesus Simião, Kátia Cirlene Gomes Viana, Maria Angélica Carvalho Andrade, Maria Helena Costa Amorim, Eliana Zandonade,
Tópico(s)Reproductive Health and Technologies
ResumoDisparities in prostate cancer care have been evidenced and associated with sociodemographic and clinical factors, which establish the time for diagnosis and initiation of treatment.To evaluate the association of sociodemographic and clinical variables with the onset of prostate cancer treatment.This is a prospective longitudinal cohort study with secondary data with a population of men with prostate cancer attended in the periods 2010-2011 and 2013-2014 at the Santa Rita de Cássia Hospital in Vitória, Espírito Santo, Brazil.The study population consisted of 1,388 men. Of the total, those younger than 70 years (OR = 1.85; CI = 1.49-2.31), nonwhite (OR = 1.30; CI = 1.00-1.70), less than 8 years of schooling (OR = 1.52; CI = 1.06-2.17) and referred by the Unified Health System services (OR = 2.52; CI = 1.84-3.46) were more likely to have a delayed treatment. Similarly, the lower the Gleason score (OR = 1.78; CI = 1.37-2.32) and Prostate-Specific Antigens levels (OR = 2.71; CI = 2.07-3.54), the greater the likelihood of delay for the onset of treatment.Therefore, sociodemographic and clinical characteristics exerted a strong influence on the access to prostate cancer treatment.Disparidades na atenção ao câncer de próstata têm sido reveladas e associadas a fatores sociodemográficos e clínicos, os quais determinam os tempos para diagnóstico e início do tratamento. O objetivo deste artigo é avaliar a associação de variáveis sociodemográficas e clínicas com os tempos para o início do tratamento do câncer de próstata. Estudo de coorte longitudinal prospectivo utilizando dados secundários, cuja população é de homens com câncer de próstata atendidos nos períodos de 2010-2011 e 2013-2014 no Hospital Santa Rita de Cássia, Vitória, Espírito Santo, Brasil. A população do estudo foi de 1.388 homens, do total, os com idade inferior a 70 anos (OR = 1,85; IC = 1,49-2,31), não brancos (OR = 1,30; IC = 1,00-1,70), com menos de oito anos de estudo (OR = 1,52; IC = 1,06-2,17) e encaminhados pelos serviços do Sistema Único de Saúde (OR = 2,52; IC = 1,84-3,46) apresentaram maior risco de atraso no tratamento. Da mesma forma, quanto menor o escore de Gleason (OR = 1,78; IC = 1,37-2,32) e os níveis de Antígeno Prostático Específico (OR = 2,71; IC = 2,07-3,54) maior a probabilidade de atraso para iniciar o tratamento. Portanto, as características sociodemográficas e clínicas exerceram uma forte influência no acesso ao tratamento do câncer de próstata.
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