
Análise da vegetação secundária em unidades de conservação: o uso de recursos florestais por comunidades tradicionais
2019; Volume: 12; Issue: 1 Linguagem: Português
10.6008/cbpc2318-2881.2019.001.0001
ISSN2318-2881
AutoresDanielly Caroline Miléo Gonçalves, Jéssica Ariana de Jesus Corrêa, João Ricardo Vasconcellos Gama, Raimundo Cosme de Oliveira,
Tópico(s)Agricultural and Food Sciences
ResumoA florestas secundárias são fonte de recursos florestais para as populações tradicionais. Portanto, o objetivo do estudo é analisar a distribuição espacial da vegetação secundária na APA de Aramanaí e na comunidade de Maguari, na FLONA Tapajós, avaliando o potencial dessas áreas em fornecer espécies uteis, com destaque, a utilização de sementes florestais, para confecção de bijuterias pelos comunitários de Maguari. Foram realizadas entrevistas com os artesãos em Maguari, sobre a utilização de espécies florestais e posteriormente foi analisado a distribuição espacial dessa vegetação através do mapeamento do TerraClass, de uso e cobertura da terra dessas UCs. As principais espécies vegetais apontadas nas entrevistas foram o morototó (Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire, Steyerm. & Frodin), o tento vermelho (Ormosia arborea L. /Adenanthera pavonina L.), tento amarelo (Ormosia excelsa Beth), saboneteira (Sapindus saponaria L.), jutaí (Hymenaea courbaril L.), tucumã (Astrocaryum aculeatum G.F.W Meyer) e o caracaxá ou jupati (Raphia taedigera Mart.), destacando o morototó como a semente mais utilizadas por todos os entrevistados. Foi apontado, através do estudo de distribuição espacial, o agrupamento da população do morototó em áreas de vegetação secundárias, que corresponde cerca de 17% das duas UCs, demonstrando que a população da região utiliza as espécies uteis de áreas de vegetação secundária. A vegetação secundária se tornou uma fonte de recursos florestais paras as comunidades inseridas em UCs. Dessarte, é importante para economia das comunidades e ao mesmo tempo, promove a preservação da vegetação primária do desmatamento, sendo uma forma de conservar a floresta e o estoque de recursos para as gerações futuras.
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