
A PIRATARIA E O JEITINHO BRASILEIRO: CONSUMO DE BOLSAS FALSAS POR MULHERES DE CLASSE ALTA E MÉDIA ALTA
2019; CENTRO UNIVERSITARIO UNA; Volume: 24; Issue: 1 Linguagem: Português
10.21714/2179-8834/2019v24n1p78-99
ISSN2179-8834
AutoresPriscila Favaro Avelar, Ramon Silva Leite,
Tópico(s)Academic Research in Diverse Fields
ResumoFazer parte ou se manter em uma determinada posição social pode determinar o comportamento dos consumidores de produtos de luxo, sejam eles genuínos ou não. A premissa surge da análise de mulheres de classe alta e média alta no que tange aos seus interesses, estilos de vida e decisão de compra. Situadas em seus determinados grupos, elas trazem consigo um jeitinho de ser verdadeiramente brasileiro. O tão conhecido “jeitinho brasileiro”, prática comum em nosso cotidiano, pode refletir em alguns aspectos do comportamento do consumidor de falsificados. Por meio de uma pesquisa qualitativa, foram entrevistadas dezesseis mulheres pertencentes às classes alta e média alta, que demonstraram condições de adquirir o produto original. De forma complementar, foi utilizada ainda a técnica projetiva, com o uso de uma bolsa falsificada. Os dados, analisados por meio da análise de conteúdo, revelaram que, apesar de conseguirem adquirir o produto original, a possibilidade de transmitir status por meio da marca por um custo menor é um grande motivador para o consumo. Ademais, constatou-se que o produto original reúne os atributos que geram a expectativa de algo de qualidade, de projeção social e de satisfação. Apesar dessas sensações existirem também quando se usa um produto falso, a experiência da marca não é tão satisfatória: por saber o que porta, existe um sentimento muito maior de insegurança.
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