Efeitos do fortalecimento muscular do assoalho pélvico em pacientes pós-acidente vascular encefálico com incontinência urinária
2019; Convergences Editorial; Volume: 20; Issue: 4 Linguagem: Português
10.33233/fb.v20i4.2794
ISSN2526-9747
AutoresDébora Alves da Silva, Waléria Aparecida Costa Ferreira, Patrick Roberto Avelino, Henrique Silveira Costa, Kênia Kiefer Parreiras De Menezes,
Tópico(s)Pelvic floor disorders treatments
ResumoIntrodução: Pacientes pós-acidente vascular encefálico (AVE) apresentam alterações motoras, causando perda de força muscular, que afeta inclusive os músculos do assoalho pélvico. Essa perda de força pode levar a incontinência urinária que consiste na perda involuntária de urina. A Sociedade Internacional de Incontinência Urinária (SIC) indicou a fisioterapia como tratamento de primeira linha para a incontinência urinária, mas ainda não foram encontradas revisões sistemáticas da literatura que avalie o efeito do fortalecimento muscular do assoalho pélvico em pacientes pós-AVE com IU. Objetivo: Realizar uma revisão sistemática da literatura sobre os efeitos do fortalecimento do assoalho pélvico em pacientes pós-AVE com IU. Métodos: Buscas nas bases Medline, Lilacs, Scielo, PEDro, sem restrição de data ou idioma de publicação. Foram utilizadas combinações de palavras-chave, tais como: acidente vascular encefálico, reabilitação, incontinência urinária, fisioterapia, assoalho pélvico, além de seus respectivos termos em inglês. Os estudos foram analisados por dois avaliadores independentes. A qualidade metodológica dos estudos incluídos foi avaliada de acordo com a escala PEDro. Resultados: A estratégia de busca resultou em 693 artigos, e após a análise de títulos, resumos e textos completos, realizados por dois avaliadores independentes, foram excluídos 688, restando cinco artigos selecionados para a presente revisão sistemática. Em geral, os estudos mostraram que os pacientes pós-AVE obtiveram melhora em todas as medidas de desfecho investigadas (força, resistência e atividade dos músculos do assoalho pélvico, frequência de micção, número de episódios de incontinência, número de absorventes usados, quantidade da perda de urina, função do trato urinário inferior, sintomas da bexiga hiperativa e independência funcional), exceto na qualidade de vida e impacto da incontinência, tanto a curto como a longo prazo. Conclusão: Os resultados parecem promissores em relação í eficácia do fortalecimento muscular do assoalho pélvico como uma intervenção para a reabilitação de indivíduos com IU pós-AVE. No entanto, tais conclusões se baseiam em apenas cinco estudos, de qualidade metodológica moderada, necessitando de mais estudos sobre o assunto.Palavras-chave: acidente vascular encefálico, reabilitação, incontinência urinária, fisioterapia, músculos do assoalho pélvico.
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