Que há de tão queer na teoria queer por-vir?
2006; Center for Social Studies, University of Coimbra; Issue: 76 Linguagem: Português
10.4000/rccs.870
ISSN2182-7435
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoO artigo propõe-se desembrulhar uma série de termos-chave que preocuparam Jacques Derrida após a chamada viragem político-ético-religiosa deste autor, desde um texto como Force of Law (1989) até Voyous (2004): termos como "auto-imunidade", "messianicidade sem messianismo", a "chegança" e a "democracia por-vir", entre outros. Irei debruçar-me sobre os últimos textos de Derrida, em particular sobre a obra Voyous – em minha opinião, uma importante carta fundadora de uma teoria queer a considerar para o futuro –, bem como sobre o recente número da revista Social Text intitulado "Que há de queer nos estudos queer hoje?" e ainda sobre os trabalhos mais recentes de Judith Butler (sobretudo a obra de 2005 Giving an Account of Oneself – "Prestando contas de si"). Proponho, assim, que a palavra "auto-imunização", um termo do léxico derridiano que se reveste de alguma novidade e ambiguidade (e muitas vezes é entendido negativamente) constitui um útil ponto de partida para se falar do indeterminável, monstruoso e até vadio futuro dos estudos queer, ou daquilo a que chamo a teoria queer por-vir.
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