
Narrativas que acompanham a possessão dionisíaca na tragédia As bacantes, de Eurípides
2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ; Volume: 8; Issue: 3 Linguagem: Português
10.18468/letras.2018v8n3.p117-127
ISSN2238-8060
AutoresOrlando Luiz de Araújo, Pedro Leno de Jesús da Silva,
Tópico(s)Classical Antiquity Studies
ResumoEste artigo discutirá, a partir da tragédia grega de Eurípides, <em>As Bacantes</em>, a relação que se estabelece, entre o humano e o divino, focalizando, especiifcamente, a noção de loucura humana, quando se coloca face ao divino. Assim, o intuito é buscar, a partir de narrativas feitas por personagens, compreender o papel dessas narrativas incorporadas às ações dramatizadas e sua relação com a loucura das bacantes tebanas, bem como a loucura que aflige Penteu, comparando-as com o comportamento do coro das bacantes lídias. Além disso, a pesquisa enfoca a relação do comportamento insano com os elementos rituais que constituem a religião dionisíaca apresentada na peça, além de destacar a própria figura de Dioniso, uma vez que a loucura as põe em situação de estranhamento com valores opostos entre si, como a noção de civilidade e selvageria, humanidade e divindade. Como suporte teórico, para balizar a pesquisa, utilizamos categorias da Narratologia que nos permitem melhor entender como essas se produzem, no drama euripidiano, e qual a natureza da loucura.
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