
Mestiçagem e sincretismo na obra Capitães da Areia, de Jorge Amado
2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ; Volume: 8; Issue: 4 Linguagem: Português
10.18468/letras.2018v8n4.p81-95
ISSN2238-8060
AutoresRossana Almeida, Íracles Andressa Pessoa de Andrade Sobreira,
Tópico(s)Cultural, Media, and Literary Studies
ResumoO intuito deste trabalho é fazer a análise acerca da mestiçagem e sincretismo na obra <em>Capitães da Areia</em>, de Jorge Amado, publicado em 1937, através das personagens Don' Aninha e o Padre José Pedro. A escolha da temática se justifica em face da recorrência do tema na obra do autor, em especial no romance objeto de nossa pesquisa. Em relação à compreensão da temática, nos apoiamos principalmente nas obras de Darcy Ribeiro, <em>O povo brasileiro</em>: a formação e o sentido do Brasil (1995), além das pesquisas <em>Sincretismo religioso afro-brasileiro,</em> de Valdemar Valente (1976) e <em>Sincretismo afro-católico no Brasil: lições de um povo em exílio</em>, de Afonso Soares (2002). No que diz respeito à compreensão desse tema no <em>corpus</em>, nos apoiamos no trabalho de Lilia Moritz Schwarcz “O artista da mestiçagem”,<strong> </strong>que integra a obra de Ilana Seltzer, <em>O universo de Jorge Amado</em> (2009), como também no estudo sociológico de Reginaldo Prandi, <em>Religião e sincretismo religioso em Jorge Amado</em>, escrito em 2009. Assim, nossa análise se detém nos personagens que mais representam a mestiçagem e o sincretismo religioso brasileiro no <em>corpus</em> escolhido. Apesar de a obra amadiana, objeto deste estudo, ser conhecida pela crítica social ao abandono de crianças e adolescentes, instala-se nessa denúncia literária a temática de nossa mestiçagem espiritual advinda de nossa própria formação como povo. No que se refere à metodologia, nos utilizares dos pressupostos de Antonio Candido, elaborados em sua <em>Literatura e sociedade</em> (1965).
Referência(s)