
Algo para lembrar os segredos dos dias estranhos: a cosmovisão de H.P. Lovecraft em Stranger Things
2019; Volume: 17; Issue: 3 Linguagem: Português
10.34176/icone.v17i3.240275
ISSN2175-215X
Autores Tópico(s)Gothic Literature and Media Analysis
ResumoCoisas estranhas acontecem em Hawkins, Indiana. Em 1983, fenômenos sobrenaturais começam a assolar a pacata cidade do médio-oeste americano depois que uma agência governamental de fins escusos abre um portal para outra dimensão, libertando os horrores que lá habitam. Esta é a premissa de Stranger Things (2016-17), série original da Netflix criada pelos irmãos Duffer. Todavia, sabemos de qual dimensão esses fenômenos vêm: das páginas de Stephen King, dos filmes de Steven Spielberg e Ridley Scott; do tabuleiro de Dungeons & Dragons. A despeito dos mais óbvios canais de intertextualidade, observaremos a influência mais relevante para a criação da atmosfera de horror da segunda temporada: a obra de H.P. Lovecraft, notadamente o conto “A Cor que Caiu do Espaço” (1927) e os Mitos de Cthulhu. A inspiração em Lovecraft, declarada pelos criadores da série, transforma Hawkins em uma paisagem de horror, leva um dos protagonistas à beira da loucura e projeta a sombra mortal de uma abominação antiga.
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