Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Tratamento da fratura-luxação de Lisfranc: relato de caso

2019; Indonesian Center for Animal Research and Development; Volume: 8; Issue: 7 Linguagem: Português

10.21270/archi.v8i7.4736

ISSN

2317-3009

Autores

Gustavo Pazoto Nakamura, Amanda Oliva Spaziani, Talita Costa Barbosa, Beatriz Silva Ferrari, Raissa Silva Frota, Taís Cristina Nascimento Marques, José Antônio Franciscon, Daniel Brito Fernandes, Flávio Henrique Nuevo Benez dos Santos,

Tópico(s)

Foot and Ankle Surgery

Resumo

A fratura-luxação da articulação tarsometatársica é rara, tendo incidência em torno de 1 para 55.000 pessoas por ano, recebe o nome Lisfranc em homenagem ao médico que descreveu uma amputação desta articulação. Considerando isso, esse estudo visa relatar um caso de fratura-luxação de Lisfranc e seu tratamento em um paciente sexo masculino, 21 anos, sem comorbidades. Vítima de acidente motociclistico; trazido pelo SAMU com imobilização por talas em pé direito, em bom estado geral e Glasgow 15. Exame físico do pé direito: dor, edema em região dorsal, pele íntegra, pulsos presentes, sem alterações neurológicas ou vasculares. Após raio-x e tomografia computadorizada do pé, foi diagnosticado com fratura-luxação de Lisfranc. Nove dias após, foi submetido a osteossíntese com passagem de fio de kirschnner em base da falange proximal do hálux e redução e fixação da cabeça do segundo metatarso. Passagem de 2 parafusos corticais do cubóide para base do segundo metatarso e do terceiro para a cuneiforme medial e imobilização com tala em pé. Paciente evoluiu bem e seguiu com alta hospitalar e seguimento ambulatorial. A fratura-luxação de Lisfranc é uma lesão grave que apresenta complicações incapacitantes, sendo a mais importante delas a osteoartrose pós-traumática, que pode evoluir com dor e limitação funcional. É importante manter a qualidade da redução, assim como o tratamento cirúrgico precoce visa prevenir a síndrome compartimental do pé, complicação aguda mais frequente.Descritores: Fraturas Ósseas; Fixação Interna de Fraturas; Pé.ReferênciasHebert SK, Barros Filho TEP, Xavier R, Pardini Júnior AG. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática. 5. ed. São Paulo: Artmed; 2016.Ly TV, Coetzee JC. Treatment of primarily ligamentous Lisfranc joint injuries: primary arthrodesis compared with open reduction and internal fixation. A prospective, randomized study. J Bone Joint Surg Am 2006;88(3):514-20.Kuo RS, Tejwani NC, Digiovanni CW, Holt SK, Benirschke SK, Hansen ST Jr et al. Outcome after open reduction and internal fixation of Lisfranc joint injuries. J Bone Joint Surg Am 2000; 82(11):1609-18.Garcia-Renedo RJ, Carranza-Bencano A, Leal-Gomez R, Cámara-Arrigunaga F. Análisis de las complicaciones en pacientes con fractura-luxación de Lisfranc. Acta ortop mex. 2016;30(6):284-90.5-Sangeorzan BJ, Veith RG, Hansen ST Jr. Salvage of Lisfranc’s tarsometatarsal joint by arthrodesis. Foot Ankle. 1990;10(4):193-200.Pereira CJ, Canto RST, Tramontini JL, Canto FRT. Fratura-Luxação Tarsometatarsiana (Lisfranc). Projeto Diretrizes. Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; 2007.Pina-Vaz J. Fractura de Lisfranc: controvérsias do diagnóstico e tratamento [dissertação]. Porto: Faculdade de Medicina da Universidade do Porto; 2012.Rodrigues CS. Patologia aguda da articulação de Lisfranc. Uma entidade complexa e frequentemente esquecida. Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Clínica Universitária de Ortopedia; 2016.Velázquez-Vélez D, Durán-Martínez N, Peñafort-García JA, Romero-Peña A. Control de daño de extremidad pélvica en lesión compleja del pie: Reporte de un caso. Acta ortop mex. 2015;29(5):275-79.Sobrado MF, Saito GH, Sakaki MH, Pontin PA, Santos ALG, Fernandes TD. Estudo epidemiológico sobre lesões lisfrancas. Acta ortop. bras. 2017;25(1):44-7.

Referência(s)
Altmetric
PlumX