Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

The Tapuya woman and her dog – Notes on Native’s relationships with dogs in Dutch Brazil

2019; Centre de Recherches sur les Mondes Américains; Linguagem: Português

10.4000/nuevomundo.77800

ISSN

1626-0252

Autores

Felipe Vander Velden,

Tópico(s)

Culinary Culture and Tourism

Resumo

A presença de um cachorro bebendo água aos pés da famosa Mulher Tapuya, tela do pintor holandês Albert Eckhout, tem sido há tempos associada ao simbolismo do primitivo, do selvagem e do inculto que o artista provavelmente desejou transmitir com a pintura, ao seguir as convenções pictóricas do século XVII. Contudo, a companhia canina desta mulher indígena, se lida em paralelo com algumas outras poucas fontes disponíveis para o mesmo período, revela-nos algumas pistas interessantes sobre a veloz difusão do cão (Canis familiaris) entre os povos indígenas na porção oriental da América do Sul, onde o animal não existia em tempos pré-colombianos. Além disso, as imagens e os textos nos permitem especular sobre os momentos iniciais da relação entre humanos e cachorros nas terras baixas sul-americanas, indo-se, então, além da carga alegórica comumente atribuída ao animal.

Referência(s)