
O afroempreendorismo: saber tradicional, empoderamento e contribuição à indústria criativa
2019; School of Communications and Arts of the University of São Paulo; Volume: 12; Linguagem: Português
10.11606/extraprensa2019.153975
ISSN2236-3467
Autores Tópico(s)Social and Economic Solidarity
ResumoEste artigo busca apresentar como cabeleireiros étnicos e trancistas usam a criatividade para elaborar a trança afro de modo a utilizar esse saber e novas narrativas como forma de afroempreendedorismo na indústria criativa. Para isso, optou-se por entrevista com a profissional conhecida como Deby Tranças, de Curitiba. A essa entrevista, somou-se observação em campo do trabalho que desenvolve unindo o saber tradicional com elementos atuais - como os novos materiais e cores, por exemplo - para elaborar as tranças. Entre diversas referências, partiu-se da concepção de indústria criativa abordada pelo Relatório de Economia da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, 2012), uma vez que as tranças afro são um patrimônio imaterial e “utilizam criatividade e capital intelectual como insumos primários”. Com base em Joice Berth (2018), que conceitua empoderamento como instrumento de luta social, verifica-se que as novas narrativas empregadas vão ao encontro desse conceito, e configuram-se, assim, em contribuição relevante do afroempreendedorismo à indústria criativa.
Referência(s)