Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

O im/possível como coeficiente artístico

2019; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 5; Issue: 1 Linguagem: Português

10.20396/visuais.v5i1.12137

ISSN

2447-1313

Autores

Roberta Stubs,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Este texto é um grito de resistência que pensa a coextensividade entre o coeficiente artístico e o coeficiente vida enquanto produção de mundos. Recorro a Gilles Deleuze, Félix Guattari, Michel Foucault, Jacques Rancière, Marcel Duchamp e François Soulages para pensar a arte, e a imagem fotográfica mais especificamente, enquanto ficção ética-estética-política. Num convite para inventar no mundo outras suavidades/sensibilidades, entendo a ficção como exercício político para desmistificar as verdades absolutas que crivam nosso corpo e a própria realidade. Num contexto de esvaziamento de nossa capacidade imaginativa, a ficção se torna ferramenta que reativa em nosso corpo/subjetividade fluxos crítico-inventivos. É nesse sentido que apostamos no /im/possível como forma de ultrapassar um aparente esgotamento do presente e resignificar a vida. Valendo-me de alguns trabalhos autorais, exploro a ideia de que em terreno de ficção o tempo ganha várias camadas, o presente se expande no encontro do passado com o futuro, e a realidade se desdobra em múltiplos e vastos mundos.

Referência(s)