Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Hérnia inguinal não encarcerada de ceco em mula - relato de caso

2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 71; Issue: 5 Linguagem: Português

10.1590/1678-4162-11346

ISSN

1678-4162

Autores

Katiucha Rebeca Jennifer Lopes Lera, Bruno Raphael Fasolli Schuh, L.A.O. Paula, Geane Maciel Pagliosa,

Tópico(s)

Testicular diseases and treatments

Resumo

RESUMO Uma mula hígida, de cinco anos de idade, foi atendida portando um aumento de volume na região abdominal lateral direita, estendendo-se da região inguinal até 25cm cranial à prega pré-crural, de 60 dias de evolução, após trauma com um touro. O volume era redutível e sem dor à palpação, com presença de intestino grosso envolvido por área circular hiperecogênica na imagem ultrasonográfica. O diagnóstico foi hérnia inguinal, e a paciente foi submetida à anestesia geral inalatória para abordagem cirúrgica pela região inguinal, onde se visualizou o ceco emergindo pelo anel inguinal externo, cujo diâmetro era de aproximadamente 10cm. O ceco apresentava coloração e conteúdo normais e parte do corpo e o ápice projetavam-se cranialmente para uma bolsa de tecido subcutâneo, que foi aberta para facilitar o reposicionamento do órgão ao abdômen, bem como para ampliar o anel inguinal externo. A paciente teve alta 18 dias após o internamento. Com base neste relato, é possível concluir que a hérnia inguinal indireta não encarcerada pode se desenvolver em fêmeas equídeas após trauma. De acordo com a literatura consultada, o presente estudo é a primeira descrição desse tipo de hérnia em uma fêmea equídea e a primeira envolvendo o ceco.

Referência(s)