Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

A evolução do personagem neopícaro em Memórias de um Gigolô

2019; UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA; Volume: 6; Issue: 1 Linguagem: Português

10.19177/memorare.v6e1201988-102

ISSN

2358-0593

Autores

Adir Felisberto da Rosa,

Tópico(s)

Linguistics and Education Research

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar uma análise do personagem principal Mariano do romance Memórias de um Gigolô (2011), de Marcos Rey, na perspectiva de construção (evolução) do personagem neopícaro, ou malandro, no decorrer do enredo. Para tal, serão usadas como fundamentação teórica os estudos de Roberto DaMatta (1997), González (1994), Candido (2004) e Botoso (2010). Os estudos acerca do personagem neopícaro muitas vezes perpetuados em textos canônicos como Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida e Macunaíma, de M|rio de Andrade nos fazem refletir sobre a “fertilidade” dessa tipologia em terreno brasileiro. Nesse sentido, encontramo-nos frente ao icônico personagem malandro dos anos trinta, Mariano, da obra Memórias de um Gigolô (2011). Inicialmente, apresentaremos o personagem pícaro e a sua evolução até chegar a neopícaros e suas características, tais como a malandragem, a roupa, aversão ao trabalho e a vida boemia por meio da trapaça e do uso de ferramentas como a inteligência e a astúcia. Em seguida, apresentaremos o enredo e o processo de construção, na perspectiva evolutiva, do personagem neopicaresco Mariano, correlacionando-o com o espaço e a formação da malandragem favorecida pelo convívio desse personagem em ambientes como bordéis, casas noturnas e pensões, fatores que o levam a se tornar um malandro típico da sociedade paulistana da década de 1930.

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