
Usos da cidade
2019; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS; Volume: 13; Linguagem: Português
10.20396/labore.v13i0.8656080
ISSN2176-8846
AutoresMariana Adelino de Souza, Maiza Ribeiro de Sousa,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoA chegada das primeiras linhas de ferro em 1922 a São João do Rio do Peixe, município situado no sertão da Paraíba, foi resultado dos esforços do Padre Joaquim Cirilo de Sá e representava a chegada da tão esperada modernidade. A partir da chegada do trem, a cidade passou a presenciar uma onda de reformas urbanas que tinham como intuito deixá-la mais sedutora aos olhos dos viajantes e adequá-la para sua nova realidade. Entretanto, as mudanças feitas no seu território acabaram por subtrair dele materialidades já carregadas de sensibilidade. Nessa conjuntura, São João do Rio do Peixe vê seu cemitério ser marginalizado e excluído da área de entorno da Estação Ferroviária da cidade onde só ficaram aquelas edificações congêneres à modernidade que foram inseridas através da chegada das linhas férreas. Mas quando há o declínio do transporte ferroviário e a consequente desativação das malhas ferroviárias o que resta à população é um importante patrimônio ferroviário que, embora esteja repleto de memórias dos que ali construíram laços, passa por um estado de abandono. Reconhecendo a relevância da linha férrea e todas as suas consequências para a história de São João do Rio do Peixe, o presente artigo se propõe a problematizar a chegada de novos símbolos do moderno na cidade, a exemplo da Estação Ferroviária, e tudo ela representou e representa enquanto patrimônio cultural ferroviário.
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