
AS ROCHAS VULCÂNICAS DA ILHA SÃO JORGE, AÇORES (PORTUGAL): PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA
2020; Volume: 38; Issue: 4 Linguagem: Português
10.5016/geociencias.v38i4.14004
ISSN1980-900X
AutoresKaroline Ferreira da Silva MECENAS, Adriane Machado, Alan Dantas Cardoso, Luiz Henrique Passos, Cristine Lenz,
Tópico(s)Geological and Geophysical Studies
ResumoA Ilha São Jorge faz parte do Grupo Central do Arquipélago dos Açores (Portugal), situado próximo à junção tríplice, entre as placas litosféricas Norte-Americana, Euro-Asiática e Africana, na região do Atlântico Norte. A vulcanoestratigrafia da ilha é composta por três complexos vulcânicos denominados Topo, Rosais e Manadas. Segundo a bibliografia, a idade da Ilha São Jorge é 1,3 ± 0,0035 Ma (40Ar/39Ar). Com base na petrografia, as rochas apresentam granulometria média a fina, texturas porfirítica, microporfirítica, glomeroporfirítica, intergranular, pilotaxítica, traquítica e intersertal. De acordo com dados geoquímicos, as rochas forma classificadas como basanitos, basaltos alcalinos e hawaítos, compostos por olivina, augita, plagioclásio e minerais opacos, que ocorrem como fenocristais ou inseridos na matriz. Algumas amostras de basalto alcalino e hawaíto apresentam kaersutita, interpretada como xenocristal. Texturas de reabsorção, embainhamento, zonação e bordas de reação são feições comuns em fenocristais e indicam que o magma sofreu descompressão rápida, com variação brusca de temperatura e pressão. A interpretação geoquímica permitiu concluir que as lavas apresentam afinidade alcalina sódica e foram geradas por baixas taxas de fusão parcial, a partir de um magma mantélico enriquecido. Os dados geoquímicos são compatíveis com os de magmas gerados em ambiente geotectônico do tipo intraplaca oceânico (OIB).
Referência(s)