A produção de sentido em S. – O navio de Teseu: o design de Paul Kepple e Antonio Rhoden
2019; Linguagem: Português
10.5151/9cidi-congic-3.0229
ISSN2318-6968
AutoresChristiane Camara de Almeida, Vera Lúcia Nojima,
Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoEsse artigo resultou da pesquisa de mestrado cujo tema abordou a construção da narrativa não-verbal imbricada na narrativa verbal em S. – O navio de Teseu, um livro de literatura cujo design diferenciado potencializa a produção de sentido. Em tempos multimidiáticos em que as tecnologias digitais são aperfeiçoadas a cada instante, informações verbais e não-verbais tornam-se mais acessíveis e híbridas, desintegrando limites. Neste cenário, o campo do design vem agregando novas disciplinas e práticas ampliando a área do conhecimento. O designer editorial passa então a explorar diferentes tecnologias e linguagens e a participar ativamente na produção de artefatos multissensoriais, tornando-se um agente indispensável por fornecer os aportes sensoriais e interativos aos textos. As narrativas construídas por todo esse processo têm importância distinta no discurso desses produtos. As entrevistas direcionadas com os designers de S.– O navio de Teseu, o americano Paul Kepple e o brasileiro Antonio Rhoden, constituem o foco deste texto e são fundamentais para o entendimento das diferentes expertises práticas e intelectuais de ambos. Kepple descreve o briefing, a relação com os clientes, as intenções comunicacionais e recursos utilizados. Rhoden revela o processo de imersão, intervenção e adaptação do livro, como resolveu manuscritos de diferentes personagens e problemas com os arquivos originais. O objetivo deste artigo é demonstrar como a expertise e as escolhas desses designers editoriais constroem narrativas multissensoriais, potencializando a produção de inferências e a imersão na leitura.
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