Um homem negro de capuz: modos de enunciar a subjetividade negra na série Luke Cage
2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Volume: 5; Issue: 2 Linguagem: Português
10.9771/cgd.v5i2.29614
ISSN2525-6904
Autores Tópico(s)Media, Gender, and Advertising
Resumo<p class="Normal1"><span>Percebendo as ausências que encontramos nas imagens audiovisuais das séries televisivas quando se tratam de subjetividades negras e acreditando na importância da emergência de novos conteúdos que avancem nesse sentido, o objetivo desse texto </span><span>é discutir os modos de visibilidade negra que estão sendo constituídos na série web televisiva <em>Luke Cage</em>, produzida pela parceria Marvel/Netflix. Interessa refletir sobre a atualização do super-herói negro Luke Cage em relação à sua origem nas histórias em quadrinhos dos anos 70. A análise permite reconhecer um herói que não usa máscaras ou capas, mas, sim, um signo político que marca os processos de estigmatização da população negra masculina: o uso do capuz ressignificado como marcador </span><span>da desumanização realizada pelos sistemas de opressão que condicionam certos grupos humanos a espaços limitados. Identificamos uma produção audiovisual em que a personagem protagonista é um homem negro, super-herói que constitui-se a partir de um contexto político e de tensões policiais com a população negra e suburbana dos Estados Unidos, e que celebra em seu enredo ícones da cultura negra. Defendemos, nesse sentido, a importância da atualização do que é dizível, pensável, sobre as subjetividades masculinas negras nas produções culturais, com maior abertura de visibilidades não estigmatizadas para a população negra.</span></p>
Referência(s)