
O direito à prevenção da Aids em tempos de retrocesso: religiosidade e sexualidade na escola
2019; Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp); Volume: 24; Linguagem: Português
10.1590/interface.180625
ISSN1807-5762
AutoresVera Paiva, Maria Cristina Antunes, Mauro Niskier Sanchez,
Tópico(s)Sex work and related issues
ResumoEsse artigo discute os desafios da prevenção em tempos de crescimento de casos de Aids entre jovens. Opiniões e práticas de estudantes no ensino médio, coletadas em pesquisa realizada de 2013-2017, indicaram que estavam incorporando o discurso preventivo e que a religiosidade tem efeito em crenças e valores antes da iniciação sexual, mas pode interferir negativamente no uso de preservativo desde a primeira relação. Sustentar o direito à prevenção dependerá de ampliarmos a compreensão pública sobre como a religiosidade vivida difere da política-religiosa. Sugere-se monitorar o efeito da retomada de discursos morais que remontam à ditadura civil-militar e da possível descontinuidade de programas de prevenção bem-sucedidos junto aos jovens desde os anos 1990. É urgente compreender a dinâmica entre velhos e novos discursos que estruturam a sexualização (frequentemente via redes sociais) assim como o acesso à recomendada “prevenção combinada” das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST/Aids).
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