Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Apolo, Hércules e Chrysas no 'De Signis', de Cícero (Verr. 2, 4, 93-96)

2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO; Issue: 13 Linguagem: Português

10.17648/rom.v0i13.28061

ISSN

2318-9304

Autores

Cláudia Beltrão,

Tópico(s)

Historical, Religious, and Philosophical Studies

Resumo

O De signis, o quarto discurso da segunda actio das Verrinas de Cícero, é uma rica fonte para o estudo das estátuas divinas e os modos de percepção, conhecimento e práticas religiosas na República tardia. O discurso de Cícero é pleno de informações sobre essas estátuas, seus lugares e gestos a elas relacionados, lidando com emoções religiosas. Em uma breve seção do De signis, pode‑se perceber o conflito entre o (mau) propretor e (bons) povos aliados materializado nas estátuas divinas de Apolo, Hércules e Chrysas. Cícero elogia as violentas respostas das populações locais contra um violento e indigno magistrado romano – como ele constrói a figura de Verres. O orador não apenas lança mão de conceitos e ideias sobre as divindades, mas, com base em crenças, temores e esperanças compartilhadas, Cícero os cria para sua audiência.

Referência(s)