
Educação, identidade e resistência cultural no judaísmo medieval: as epístolas de Maimônides
2019; Editora da Universidade Estadual de Maringá (Eduem); Volume: 41; Linguagem: Português
10.4025/actascieduc.v41i1.47469
ISSN2178-5201
Autores Tópico(s)Historical and Linguistic Studies
ResumoO século XII nos traz um momento crítico do Judaísmo medieval. Há ameaças a existência judaica, seja no Ocidente medieval cristão, seja no mundo muçulmano. No espaço majoritário cristão ocorrem as cruzadas, nas quais muitas comunidades judaicas são instadas a conversão ou à morte, ocorrendo inúmeros casos de auto imolação (denominado Kidush Hashem). No norte da África e em Al Andaluz (Hispânia muçulmana) a ascensão da dinastia almoâde traz os ventos da intolerância e ocorrem ondas de conversões forçadas ou morte de judeus. E na sequência a intolerância islâmica aos judeus chega no distante Iêmen (sul da península arábica) no qual conversões forçadas ocorrem. O sábio rabino Moisés ben Maimon (Maimônides) escreve em duas ocasiões epistolas de consolação e estimulo a resistência identitária dos judeus às conversões forçadas em espaços dominados pelo Islã. Estas epístolas escritas originalmente em árabe e traduzidas ao hebraico no mesmo período são nossas fontes. Uma se denomina Epistola da conversão e a outra Epístola do Iêmen. Usamos as versões hebraicas e as traduções em inglês e português. Nosso objetivo é analisar o discurso identitário judaico no sentido da resistência da minoria contra seu extermínio cultural e religioso.
Referência(s)