Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

DOM QUIXOTE: UM CAVALEIRO ROMÂNTICO

2019; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ; Issue: 50 Linguagem: Português

10.4025/notandum.v0i50.45452

ISSN

2763-5899

Autores

Conceição Solange Bution Perin, Marcela Rodrigues de Oliveira,

Tópico(s)

Cultural, Media, and Literary Studies

Resumo

Estudar a História, segundo Bloch (1886-1944), é fundamental para a humanidade não perder sua memória. Bosi (2014) aponta que a Arte e a História andam juntas, principalmente a Literatura, por condensar os maiores ímpetos, carências e conflitos de sua época. Logo, o contexto histórico é essencial para a compreensão de uma obra literária, e assim, a própria obra de arte se torna um documento de seu tempo, podendo ser fonte de investigação histórica. Cervantes, em sua obra Dom Quixote, escrito em 1605 e 1615, apresenta carências e excessos do homem que, há pouco medieval, inaugurava os tempos modernos. Constatou-se que através do anacronismo do protagonista, Cervantes constrói e desconstrói, por meio de seu herói, uma via de mão dupla: paródia e ode. Dialogando com as novelas de cavalaria, faz paródia das mesmas, mas ode a certas características medievais já esquecidas. Dom Quixote representa o próprio espírito romântico: inspirando-se no medievo, com saudosismo, é um anti-herói pecando por ser humano, demasiadamente humano, e por isso expressa as fragilidades da condição do homem, sendo inadequado para a realidade que, todavia, resiste e luta pelo seu ideal – é aí que está seu heroísmo e o agente transformador da realidade: o impulso da vontade.

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