
Paternidade e Masculinidades Negras Circunscritas: exercícios de autorreflexão emancipatórios
2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; Volume: 5; Issue: 2 Linguagem: Português
10.9771/cgd.v5i2.29545
ISSN2525-6904
AutoresArtur Oriel Pereira, Hasani Eliotério dos Santos, Alexandre da Silva,
Tópico(s)Rural Development and Agriculture
Resumo<p>Este artigo apresenta reflexões sobre o gerenciamento da vida familiar às quais incluem as funções de zelo e educação das crianças, dos serviços domésticos e do equilíbrio do relacionamento afetivo, com vistas à compreensão de como homens negros pensam suas paternidades e masculinidades negras, bem como perceber de que forma isso emerge na cena contemporânea como realidades presentes em diferentes espaços sociais. Partimos de uma abordagem qualitativa, tendo como método de pesquisa a realização de entrevistas semiestruturada realizadas com pais negros e um exame de uma narrativa cinematográfica contemporânea – <em>Fences</em>, Um Limite Entre Nós (2017) – ambientado em Pittsburgh nos Estados Unidos dos anos 1960. Para isso, alternamos as interlocuções dos participantes, análises e discussões com os sentidos aparentes do filme. Tomamos como referencial teórico as pesquisas desenvolvidas por Connell (1995; 1998), Awkward (2001), Hall (2003), bell hooks (2004), Grossi (2004), Botton (2007), Fanon (2008), Miskolci (2012), Faustino (2014), Davis (2016) e Santos; Antunez (2018). A masculinidade negra enrijecida sob os pilares hegemônicos da modernidade ocidental e que com o colonialismo se expande tornando-se um modelo arriscado e traumatizante pela qual os homens negros estão circunscritos é um território carregado de conflitos, mas como um ato de resistência e reexistência alguns homens negros estão se reinventando com a conscientização de suas paternidades.</p>
Referência(s)