Clube da Luta: fábula anarquista pós-moderna sobre a dialética entre a civilização e a barbárie
2006; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO; Volume: 6; Issue: 11 Linguagem: Inglês
ISSN
1982-2553
AutoresGláucia Costa de Castro Pimentel,
Tópico(s)Anarchism and Radical Politics
ResumoO artigo tem como objetivo discutir o filme Clube da Luta entendendo-o como um manifesto politico. A obra, ao tematizar o mundo do trabalho e do consumo nos dias atuais, explora o universo da violencia como campo de fuga possivel. Conceitos como civilizacao e barbarie e suas formas de inscricao sobre o corpo apresentam-se como vias de acesso para a leitura da obra, problematizando a construcao de subjetividades contemporâneas. Parte-se da perspectiva de que democracia e seus controles acabam por produzir subjetividades esquizofrenicas como reflexo do projeto social considerado civilizatorio. Com o fim do lastro etico aristotelico (a polis como fim ultimo de todo projeto organizacional), considera-se a producao de forcas em descontrole rumo ao caos tratada no filme como saida possivel, nao como tragedia ou farsa, mas como possibilidade de inominavel vigor. Palavras-chave: cinema e politica; civilizacao e barbarie; conflito; globalizacao e trabalho Abstract: Fight Club: an anarchic post-modern fable about the dialectics between civilization and barbarism — This paper discusses the movie Fight Club, which is seen as a political manifesto. By theming today’s world of work and consumerism, the movie explores the universe of violence as a possible escape route. Concepts such as civilization and barbarism and their forms of inscription on the body offer routes of access for interpreting the work, questioning the construction of contemporaneous subjectivities. We start from the premise that democracy and its controls end up by producing schizophrenic subjectivities as a reflection of the social project that is seen as civilizing. Devoid of the ballast of Aristotelian ethics (the polis — or sense of community — as the ultimate purpose of every organizational project), we consider the production of uncontrolled forces heading toward chaos, as depicted in the movie, as a possible way out, not as a tragedy or farce but as a possibility of actions of indescribable vigor. Keywords: cinema and politics; civilization and barbarism; conflict; globalization and work
Referência(s)