riso unido ao distanciamento
2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 28; Issue: 4 Linguagem: Português
10.17851/2358-9787.28.4.291-314
ISSN2358-9787
Autores Tópico(s)Linguistics and Education Research
ResumoResumo: Este artigo trata do riso unido ao distanciamento, correlações com o conto “Jacinto (recordações de Vila Rica)”, de Alphonsus de Guimaraens e o livro Cândido, ou o otimismo, de Voltaire, e também busca traçar um perfil humorista do poeta com base nos arquivos do Museu Casa Alphonsus Guimaraens. Ambos os autores, embora vivessem em países e épocas diferentes, de certo modo, acabaram se aproximando em suas escritas. Um, filósofo, dramaturgo e historiador, outro, poeta simbolista, se renderam aos artifícios da comicidade e produziram trabalhos que pertencem ao campo humorístico. No caso de Alphonsus, autor destacado neste trabalho, há uma personalidade que necessita ser delineada nesse sentido, uma vez que há uma grande quantidade de criações relacionadas ao riso nos manuscritos e outros documentos do Museu Casa Alphonsus Guimaraens, e todos, normalmente o conheciam como um poeta taciturno, o “solitário de Mariana”. No geral este estudo busca investigar como Voltaire, em Cândido, ou o otimismo, e Alphonsus no conto “Jacinto (recordações de Vila Rica)”, usam a ironia para provocar o riso, algo que, numa avaliação mais profunda, traduz uma decepção com o social e com a realidade existencial, gerando uma espécie de distanciamento. Pretende, por fim, com base em pesquisas em documentos históricos, encontrar uma lembrança dessa outra faceta de Alphonsus. O livro O riso e o risível: na história do pensamento, de Verena Alberti e o capítulo “Rabelais e a história do riso” em Cultura popular na idade média e no renascimento, de Mikhail Bakhtin, completam a investigação. Palavras-chave: Alphonsus Guimaraens; museu; Voltaire; riso; Jacinto (recordações de Vila Rica; Cândido, ou o otimismo.
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