Artigo Acesso aberto

O ritual das Lemúrias nos Fastos de Ovídio: tradução performativa

2019; Issue: 37 Linguagem: Português

10.17074/cpc.v1i37.30406

ISSN

2447-875X

Autores

Fábio Frohwein de Salles Moniz, Walace Pontes de Mendonça,

Tópico(s)

Literature, Culture, and Criticism

Resumo

Um dos primeiros desafios da tradução performativado dístico elegíaco consiste em emular, na língua de chegada, a alternância métrica característica da estrofe. Márcio Meirelles Gouvêa Júnior (ovídio, 2015) traduziu os Fastos, recriando o hexâmetro com dodecassílabos e o pentâmetro com decassílabos. Guilherme Gontijo Flores (2011) apresenta dez propostas de tradução para a elegia 20 do livro iii, de Tibulo, composta em dístico elegíaco, empregando, basicamente, dois sistemas opositivos: 1) verso núnico para o hexâmetro X “pentâmetro aproximado”, verso em língua portuguesa dotado de quatorze sílabas poéticas com tônicas obrigatórias em 4-7-8-11-14; 2) “tradução em dístico elegíaco alemão”, isto é, criação de um dístico brasileiro a partir de regras da metrificação alemã, empregando, para a emulação do hexâmetro, seis tônicas, entre as quais uma ou duas sílabas átonas, para recriar possibilidades de espondeu ou dátilo; e técnica semelhante para pentâmetro, mas sem a diérese obrigatória após o terceiroictus, como em latim. Luiza dos Santos Souza (2016) propõe uma emulação do ritmo original do dístico elegíaco latino a partir das propostas de Carlos Alberto da Costa Nunes (virgílio, 1983) e de Leonardo Antunes (2009). Nossa tradução partiu dessas abordagens e estratégias, mas sem concordância completa com uma determinado tradutor, buscando emular o padrão rítmico do hexâmetro datílico sem variações, tal como nas traduções núnicas. Com base nesse critério técnico, aplicamos o mesmo tratamento à tradução do pentâmetro datílico.

Referência(s)
Altmetric
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