Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Vergonha e fúria: cidadãos britânicos em protesto contra a intervenção militar de seu governo na grécia (1944)

2019; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 12; Issue: 2 Linguagem: Português

10.15448/2178-3748.2019.2.33620

ISSN

2178-3748

Autores

Felipe Alexandre Silva de Souza,

Tópico(s)

Contemporary and Historical Greek Studies

Resumo

Nos últimos dias de 1944, o Governo de Unidade Nacional da Grécia — então recém descoupada pelos nazistas — entrou em choque armado contra guerrilheiros de esquerda organizados no Exército de Libertação do Povo Grego (ELAS), que havia passado os últimos três anos lutando contra a ocupação alemã. Os soldados britânicos que estavam em solo grego acabaram entrando no conflito contra a guerrilha, em consonância com a linha, defendida pelo primeiro ministro Churchill, de priorizar a defesa do governo helênico, um tradicional aliado de Londres. A política para a Grécia gerou consistente oposição, não apenas no Parlamento, mas também entre pessoas comuns, distantes dos círculos de poder público. Pretendemos fazer um resgate das expressões dessa oposição entre essas pessoas comuns, e examinar quais eram as bases que impulsionavam tal oposição. Por intermédio da análise das notícias e cartas veiculadas no diário The Daily Worker entre cinco e 25 de dezembro de 1944, constatamos que, na percepção desses opositores, a intervenção na Grécia colocou a Grã-Bretanha em colisão com os valores de democracia e liberdade que impulsionaram sua guerra contra o nazi-fascismo.

Referência(s)