Artigo Acesso aberto Produção Nacional

Quando a imagem é corpo: modos de sobreviver à máquina colonial

2019; ESCOLA SUPERIOR DE PROPAGANDA E MARKETING; Volume: 16; Issue: 47 Linguagem: Português

10.18568/cmc.v16i47.2107

ISSN

1983-7070

Autores

Fernando Resende, Roberto Robalinho, Diego Granja do Amaral,

Tópico(s)

Migration, Racism, and Human Rights

Resumo

Este artigo parte dos vestígios de uma escrava africana enterrada na região portuária do Rio de Janeiro e do filme “Era o Hotel Cambridge” (Brasil, 2016), sobre uma ocupação no centro de São Paulo, com o objetivo de discutir como a imagem configura um corpo a partir de situações liminares. A proposta é observar a emergência intermitente das imagens e daquilo que é relegado à posição de resto, rastro, e vestígio na estrutura do poder colonial. Dos ossos humanos, que clamam um acerto com um passado escravagista, ao esqueleto de um edifício abandonado pela especulação e reinventado como corpo político por refugiados e sem-tetos brasileiros, a imagem é a instância que conduz as demandas políticas no tempo. É a insistência de uma memória marginalizada, violentada, mas que recusa o apagamento. Como gesto de criação, persistência e (r)existência, a imagem nos serve como instrumento analítico para pensar contextos pós-coloniais e suas sobrevivências.

Referência(s)