
Dinâmica socioespacial das “cidades do agronegócio” em Goiás - um estudo de caso de São João D’Aliança
2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; Volume: 23; Linguagem: Português
10.5902/2236499432617
ISSN2236-4994
AutoresRodrigo Gonçalves de Souza, Izabelle de Cássia Chaves Galvão, Luana Maria Xavier Silva, Gabriela Vilela de Sousa, João Marques de Souza Neto,
Tópico(s)Urban Development and Societal Issues
ResumoO presente artigo visa explorar o fenômeno da espacialização da sojicultura no município de São João d'Aliança. Ligado às regiões metropolitanas de Goiânia e Brasília pela BR010 e a pouco mais de 400Km da região do extremo-oeste baiano, é a “porta” para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, a partir de onde entra-se em uma região com pouca aptidão natural para a sojicultura em escala. No entanto, a sojicultura no município se sobressai na microrregião. Reverberam notórios discursos públicos de apologia das ambições do setor diante de conflitos de interesse, sobretudo em choque com a política de conservação. Através de uma pesquisa predominantemente descritiva, mas também com ênfase exploratória, inquiriu-se sobre a possibilidade de inferir se a atividade desencadeia uma dinamização econômica do município e se a magnitude de seu impacto produtivo no espaço mostra-se capaz de sustentar a economia municipal. Constatou uma discrepância em termos de área produtiva e produção bruta com a produtividade da cultura, comparativamente deficitária. Os índices socioeconômicos não permitem corroborar reivindicações de que a sojicultura promove dinamização socioeconômica. Os resultados levantam o debate sobre outros perfis de políticas públicas compatibilizando-se com a resiliência ecológica no território geográfico, contemplando um quadro mais democraticamente representativo de seguimentos sociais da população.
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