
Infeção em Fim de Vida: Há Benefício da Terapêutica Antibiótica?
2019; Sociedade Portuguesa de Medicina Interna; Volume: 26; Issue: 4 Linguagem: Português
10.24950/rspmi/p.vista/126/19/4/2019
ISSN2183-9980
AutoresCarina Graça, Iuri Correia, João Gonçalves-Pereira,
Tópico(s)Childhood Cancer Survivors' Quality of Life
ResumoOs cuidados paliativos visam a implementação de estratégias de forma a otimizar a qualidade de vida dos doentesem fase terminal de vida e das suas famílias. As manifestações clínicas em doentes em fim de vida podem ser difíceis devalorizar. Embora a inflamação possa prevalecer, o estado deimuno-senescência torna a doença infeciosa pauci-sintomáticae diferente do habitual. Adinamia, febre e tosse, são frequentemente interpretadas e medicadas como infeção. Em paralelo,embora a infeção seja comum em fim de vida, a mesma é muitas vezes um marcador de gravidade e não o problema em si.A terapêutica antibiótica, usada habitualmente neste contexto,pode não servir os melhores interesses do doente e contribuirpara o desenvolvimento de microrganismos resistentes, o quetem implicações negativas a nível da comunidade. Neste textodiscutimos os potenciais benefícios e riscos da terapêutica antibiótica nesta população, a qual, no nosso entender, deveráser enquadrada no âmbito da medicina paliativa.
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