Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Psicologia histórico-cultural e a atividade dominante como mediação que forma e se transforma: contradições e crises na periodização do desenvolvimento psíquico

2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA; Linguagem: Português

10.14393/obv3n3.a2019-51694

ISSN

2526-7647

Autores

Angelo Antonio Abrantes, Nádia Mara Eidt,

Tópico(s)

Social Representations and Identity

Resumo

Este artigo parte do fundamento de que somente é possível compreender o conceito de atividade dominante/guia e a periodização do desenvolvimento psíquico sistematizado pela Psicologia Histórico-Cultural tendo conhecimento dos princípios do materialismo histórico dialético, particularmente manejando a teoria como sistema conceitual advindo das contradições e transformações qualitativas da realidade. Nosso objetivo foi analisar a concretude supraindividual da categoria atividade e destacar as contradições inerentes à atividade dominante/guia compreendendo as crises como momentos de ruptura necessários ao desenvolvimento psíquico. A exposição foi organizada em dois momentos; no primeiro, destacou-se a unidade entre o conceito de atividade dominante e o de prática social, tendo a finalidade de apontar que a atividade dominante/guia é uma mediação que se transforma no decorrer da vida social em direção à atividade consciente de si. No segundo, sublinhou-se o processo de formação das contradições internas inerentes a cada período do desenvolvimento afirmando que as crises significam superações de contradições particulares que colocam desafios mais complexos à pessoa. Concluímos com apontamentos sobre o problema de manejar o conceito de atividade dominante na sociedade marcada pela desigualdade estrutural, considerando que as crises não podem ser concebidas como universais a-históricos, visto que possuem conteúdos sociais distintos e qualidades determinadas pela contradição humanização – alienação.

Referência(s)