Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Petrologia dos Stocks Santa Maria, Monte Pedral, Bom Jardim, Boa Esperança e Niterói, Suíte Intrusiva Serra do Catu, Estado de Sergipe, NE Brasil

2019; UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO; Volume: 19; Issue: 4 Linguagem: Português

10.11606/issn.2316-9095.v19-156598

ISSN

2316-9095

Autores

Hiakan Santos Soares, Carlos Santana Sousa, Maria de Lourdes da Silva Rosa, Herbet Conceição,

Tópico(s)

Paleontology and Stratigraphy of Fossils

Resumo

Os Stocks Monte Pedral, Boa Esperança, Santa Maria, Niterói e Bom Jardim situam-se na parte Norte do Sistema Orogênico Sergipano. Esses cinco corpos são constituídos por: álcali-feldspato sienito e quartzo álcali-feldspato sienito (Monte Pedral); quartzo álcali-feldspato sienito e álcali-feldspato granito (Boa Esperança); granito (Santa Maria); monzogranito, quartzo monzonito e quartzo monzodiorito (Niterói); granito, quartzo monzonito, granodiorito, quartzo monzodiorito e diorito (Bom Jardim). Essas rochas são porfiríticas, com megacristais de feldspato alcalino rico em zoneamentos oscilatórios. A ocorrência de megacristais de feldspato alcalino com zoneamento composicional bem marcado e enclaves máficos é uma feição que distingue esse magmatismo daqueles de outras suítes intrusivas do Domínio Canindé. Os Stocks Monte Pedral e Boa Esperança correspondem a um magmatismo hipersolvus, enquanto os demais Stocks (Bom Jardim, Niterói e Santa Maria) representam magmatismo subsolvus. A idade U-PbShrimp de 611 ± 4 Ma obtida para o Stock Santa Maria permite correlacioná-lo ao plutonismo shoshonítico mais antigo no Sul da Província Borborema. A mica marrom nas rochas corresponde à biotita e flogopita e indica afinidade orogênica para este plutonismo. A Mg-hornblenda e a tschermakita são os anfibólios primários nestas rochas, os quais cristalizaram-se em condições oxidantes e em profundidades que variam de 12 (3 kbar) a 26 (7 kbar) km. Dados geoquímicos revelam que os magmas responsáveis por formarem os stocks estudados pertencem a suítes shoshoníticas e evoluem por cristalização fracionada, tendo contribuição de material mantélico, além de exibirem assinatura geoquímica (enriquecimento em Elementos Terras Raras Leves), em relação aos pesados, e anomalias negativas em Ta, Nb, P, Sr e Eu, características de magmas associados à subducção.

Referência(s)