
Uma história do ensino de aritmética em Jequié, Poções e Vitória da Conquista-Bahia (1936-1980): inter-relações entre a cultura escolar, política educacional e prática educativa
2019; Volume: 4; Issue: 10 Linguagem: Português
10.23864/cpp.v4i10.500
ISSN2526-2882
Autores Tópico(s)Science and Education Research
ResumoO ensino da infância no Brasil passa pelos Grupos Escolares, inseridos como modelos de organização do cenário educacional no período da República brasileira. O objetivo desta pesquisa foi construir uma história do ensino da Aritmética de três Grupos Escolares de Jequié, Poções e Vitória da Conquista – Bahia (1936–1980). Justifica-se o recorte temporal pela inauguração do primeiro Grupo Escolar instituído em Vitória da Conquista no ano de 1936, o Barão de Macaúbas, e abarca a década de 1980 pela catalogação de fontes do Grupo Escolar Pedro Alves Cunha, em Poções. Os documentos encontrados em arquivos escolares e arquivos pessoais como: documentos oficiais, leis, normas; livros didáticos e avaliações do período, bem como fontes orais, obtidas por intermédio de entrevistas semiestruturadas com ex-diretores, ex-professores e ex-alunos, permitiram-nos a realização da pesquisa, servindo como fontes para análises. No que concerne aos pressupostos teórico-metodológicos, fundamentou-se em: “História das Disciplinas Escolares”, de André Chervel (1990); “A cultura escolar como objeto histórico”, de Dominique Julia (2001); e o conceito de apropriação segundo a História Cultural, de Roger Chartier (1990). Uma história do ensino da Aritmética, inerente à dimensão cultural, se constituiu demarcada por conteúdos que perpassaram décadas, com interpretações de seus personagens (ex-diretores, ex-professores e ex-alunos). E assim, inferimos que operações fundamentais (Adição, Subtração, Multiplicação e Divisão), tabuada, prova real, prova dos noves-fora, livros de Antônio Trajano, Matemática Moderna, conjuntos, prova oral, correções com caneta vermelha, provas envolvendo conceitos, constituíram a Aritmética de Grupos Escolares baianos.
Referência(s)