Milhares de comunidades sem eucaristia interpelam o Sínodo da Amazônia
2019; PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ; Volume: 11; Issue: 3 Linguagem: Português
10.7213/2175-1838.11.003.ds02
ISSN2175-1838
Autores Tópico(s)Religion and Society in Latin America
ResumoO texto parte da constatação de que milhares de comunidades católicas na região amazônica só esporadicamente podem participar da celebração da Eucaristia, devido às distâncias e à falta de presbíteros próprios que vivam nas comunidades dispersas pelo imenso território. Reconhece que esta situação é teologicamente anômala, pois a celebração da Eucaristia é essencial para a construção da Igreja como Corpo de Cristo. Sugere que as comunidades católicas formadas pela Palavra de Deus em suas várias modalidades, especialmente a sua Celebração dominical, com uma boa caminhada eclesial, já dotadas de ministérios não-ordenados vários, sejam munidas de presbíteros próprios, que, devidamente ordenados, presidam, com uma equipe ministerial mais ampla, a comunidade e, consequentemente, a Eucaristia comunitária. O Sínodo, no Instrumento Preparatório, mostra-se consciente desta realidade e, no Instrumento de Trabalho, faz duas indicações preciosas: a) “pede-se que, em vez de deixar as comunidades sem a Eucaristia, se alterem os critérios para selecionar e preparar os ministros autorizados para celebrá-la”; b) “pede-se que, para as áreas mais remotas da região, se estude a possibilidade da ordenação sacerdotal de anciãos, de preferência indígenas, respeitados e reconhecidos por suas comunidades, mesmo que tenham uma família constituída e estável, com a finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida cristã” (n. 126 e 129). Explicitar os fundamentos (sobretudo a relação Eucaristia-Igreja e Igreja-Eucaristia) e detalhar propostas nesta direção são os objetivos desta reflexão.
Referência(s)