
Taxa elevada de albinismo oculocutâneo no estado da Bahia, região nordeste do Brasil
2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ; Volume: 4; Issue: 1 Linguagem: Português
10.26694/jibi.v4i1.8447
ISSN2448-0002
AutoresLília Maria de Azevedo Moreira, Vinícius Magalhães Borges, Matheus Augusto Lima Pinheiro, María Cecilia,
Tópico(s)melanin and skin pigmentation
ResumoO albinismo oculocutâneo (ACO) e uma caracteristica genetica prejudicial que afeta a producao de melanina, resultando na hipopigmentacao da pele, olhos e cabelos, com distribuicao mundial, tendo maior prevalencia no continente africano. Este artigo objetiva analisar a distribuicao de OCA nos municipios da Bahia, nordeste do Brasil, estado com alta taxa de descendencia africana. O estudo teve abordagem descritiva e exploratoria, utilizando uma amostra de conveniencia constituida por 481 sujeitos de ambos os sexos, com idade entre 1 a 65 anos, cadastrados na Associacao de Albinismo do Estado da Bahia (APALBA). Foram encontrados altos indices de albinismo em 34 desses municipios, em individuos de diferentes faixas etarias, sugerindo um efeito fundador e o papel de processos aleatorios como migracao interna, tamanho da familia, fertilidade, alem de fatores economicos, naturais e culturais. A ocorrencia de comunidades quilombolas, em algumas dessas cidades, tambem foi associada a altas taxas de populacao negra e ao aumento da frequencia de albinismo. Embora a falta de melanina forneca maior suscetibilidade ao câncer de pele para pessoas com albinismo, a selecao natural nao age contra o gene do albinismo a um nivel severo. Avancos na saude publica, aliados a maior atencao ao albinismo, sao fatores que podem contribuir para reduzir as consequencias deleterias deste disturbio.
Referência(s)