
Espelho de uma filosofia: a presença de Hegel nas classificações de Harris e Dewey
2019; UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA; Volume: 24; Issue: 3 Linguagem: Português
10.5433/1981-8920.2019v24n3p104
ISSN1981-8920
AutoresVerônica de Sá Ferreira, Rodrigo de Sales,
Tópico(s)Business and Management Studies
ResumoAnalisa as influências filosóficas que embasaram a estrutura da classificação bibliográfica de Harris, reconhecida pela literatura da área como a fonte mais imediata utilizada por Dewey para a criação de seu sistema. Ampliando a reflexão sobre as bases teóricas adotadas por Harris, questiona-se o lugar ocupado por Bacon neste sistema. O incentivo para esta discussão parte do artigo publicado em 1959 por Graziano, que indica o pensamento hegeliano como o verdadeiro suporte filosófico do esquema de Harris e, consequentemente, da classificação bibliográfica de Dewey. Utilizando a classe Artes, Graziano expõe evidências que buscam aproximar o pensamento de Hegel e afastar Bacon. Este artigo examina o pensamento sobre Arte que formou as classificações de Bacon, Hegel e Harris. Os resultados apresentados apontam a presença hegeliana não assumida explicitamente por Harris e Dewey em seus Sistemas e ainda pouco estudada no campo da representação da informação no Brasil. Conclui-se, em oposição a Graziano, não ser possível afastar totalmente o pensamento baconiano da estrutura do sistema classificatório de Harris, todavia, a presença de Hegel se confirma como a fonte alimentadora do conteúdo da classe Artes. A clareza da revelação de Graziano amplia as discussões teóricas deixadas em aberto por Harris e Dewey.
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