Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Património musical de Évora no início de Oitocentos: um Miserere de Francisco Ignácio Moreira e possíveis contextos interpretativos

2020; Eduardo Manuel de Almeida Leite; Volume: 2; Issue: 2 Linguagem: Português

10.29073/heranca.v2i2.159

ISSN

2184-3090

Autores

Rita Faleiro,

Tópico(s)

Cultural Identity and Heritage

Resumo

No Arquivo Musical da Sé de Évora, existe um nome que se assume como um dos principais reformuladores de obras musicais aí presentes: fala-se de Francisco Ignácio Moreira, entre outros mestre de capela, mestre de solfa e de instrumentos. Neste arquivo, surge-nos pelas suas mãos, um Miserere composto no ano de 1805, e constantemente reformulado: em 1811 é-lhe acrescentado um clarinete e em 1814 um tercetto sobre o 16º verso. A presença de datas nestes manuscritos pode tornar-se indicadora de momentos chave na vida da cidade. De facto, 1814 é um ano particularmente activo na cidade no que diz respeito a performances musicais, pelo que o exercício de enquadrar esta obra em possíveis espaços interpretativos se torna relevante para uma melhor compreensão da relação entre património material, imaterial e agentes envolvidos. Pretende-se assim inserir esta obra no seu contexto geral, articulando-a com espaços e eventos decorridos em Évora ao longo dos nove anos em que esta peça foi sendo modificada.

Referência(s)