
Violência, juventude e idolatria clubística:
2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; Volume: 1; Issue: 2 Linguagem: Português
10.34024/hydra.2016.v1.9135
ISSN2447-942X
AutoresBernardo Borges Buarque de Hollanda, Jimmy Medeiros,
Tópico(s)Adventure Sports and Sensation Seeking
ResumoO presente artigo apresenta resultados de uma pesquisa quantitativa realizada com segmentos associativos de torcedores de futebol, denominados comumente de torcidas organizadas e/ou torcidas uniformizadas. A proposta geral do trabalho propôs-se a traçar um perfil socioeconômico do torcedor organizado contemporâneo, bem como a mapear a distribuição espacial das torcidas nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. A aplicação de questionários foi feita entre 2013 e 2015 e abrangeu um universo de mais de mil respondentes. Para os limites deste artigo, apresentam-se as percepções que os jovens aficcionados têm de suas próprias associações e de seus próprios comportamentos grupais nos estádios, nas sedes dos clubes, nas caravanas de viagem e nos trajetos rumo aos jogos. Marcados pelo estigma da violência, fonte de constante controvérsia por parte da opinião pública, procura-se aqui apresentar um quadro sociológico atualizado desses agrupamentos, acentuando aspectos mais compreensivos que judicativos. Evitam-se os juízos de valor e procura-se compreender de que modo os torcedores organizados veem sua atuação no universo do futebol profissional de alto rendimento, de que maneira eles se comportam diante das rivalidades clubísticas e como reconhecem suas ações coletivas segundo critérios de tipificação da violência mais ou menos aceitos, mais ou menos internalizados socialmente.
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