Artigo Revisado por pares

FUNÇÃO VESTIBULAR, INCAPACIDADE E SINTOMAS EMOCIONAIS RELACIONADOS A MIGRANEA

2019; Ediciones Universidad de Salamanca; Volume: 10; Issue: 6 Linguagem: Português

10.14201/orl.21098

ISSN

2444-7986

Autores

Camila Carneiro, Oliveira Aline, Carvalho Andreia, Fabiola Dach Gabriela, Débora Bevilaqua‐Grossi,

Tópico(s)

Ophthalmology and Eye Disorders

Resumo

Introducao Migrânea e sintomas vestibulares sao comuns na pratica clinica e podem se apresentar de diversas maneiras. A compreensao da relacao da migrânea com os sintomas vestibulares ainda e um desafio. Objetivos Avaliar os aspectos emocionais e a funcao vestibular de pacientes com migrânea comparados a um grupo controle. Metodos Mulheres entre 18 e 55 anos diagnosticadas por neurologistas foram classificadas em migrânea sem aura (n=30), migrânea com aura (n=30), migrânea cronica (n=30) e controle (n=30). A incapacidade relacionada aos sintomas vestibulares foi avaliada atraves do Dizziness Handcap Inventory (DHI); o score de depressao pelo PQ-9; a avaliacao vestibular pela eletronistagmografia e prova rotatoria pendular decrescente ( rotational chair ). Resultados Os grupos foram pareados por idade (media de 32.7 anos). A tontura nao vertiginosa foi a mais prevalente nos tres grupos com cefaleia (x² 66.6; p<0.001). A presenca de fotofobia durante os episodios de tontura foi significativa (x² 60.6; p<0.001): 63.3% no grupo migrânea sem aura, 86.7% no migrânea com aura, 73.3% no migrânea cronica. Assim como na fonofobia (x² 61.8; p<0.001): 50% na migrânea sem aura, 83.3% na migrânea com aura, 70% na migrânea cronica.O DHI apresentou maior media de score nos grupos com migrânea: sem aura, 22.06; com aura, 39.73; e cronica, 31.93 e no controle 1.4; Em todos os grupos com migrânea os aspectos fisicos do DHI tiveram maior impacto se comparados aos funcionais e emocionais. A intensidade da depressao por meio do PQ-9 foi minima no grupo controle (53.3%), leve nos grupos migrânea sem aura (36.7%) e com aura (33.3%), e moderada no grupo migrânea cronica (30%). Nos testes de funcao vestibular, a prova rotatoria pendular decrescente apresentou alteracao (assimetria e/ou elevados valores de velocidade angular da componente lenta do nistagmo) em 30% no grupo controle, 53.3% no grupo migrânea sem aura, 76.7% no migrânea com aura, 63.3% no migrânea cronica. A eletronistagmografia mostrou maior prevalencia de exames dentro da normalidade nos grupos controle (83.3%) e migrânea sem aura (40%). Nos grupos migrânea com aura e migrânea cronica se destacam a prevalencia de exames com alteracoes centrais e perifericas (mistas): 50% e 36.7%, respectivamente (x² 41; p<0.001). Conclusao A analise dos aspectos emocionais evidencia maior intensidade de sintomas depressivos nos grupos com migrânea, assim como maior impacto da tontura nessas pacientes, principalmente nos grupos de migrânea com aura e cronica. A presenca de sintomas como foto e fonofobia durante os episodios de tontura revela o possivel link entre vias trigeminais e vestibulares. O processo disfuncional apresentado pelas pacientes portadoras de migrânea, potencializado pela presenca de aura ou cronicidade dos sintomas, torna-se ainda mais complexo pelas alteracoes nos testes pendular e eletronistagmografia sugestivos de alteracoes mistas. Dessa forma fica evidente a importância de uma abordagem multidisciplinar na avaliacao dos pacientes e que a migrânea pode ser um preditor da incapacidade relacionada a tontura. III. Topico 16 Migranas incluyendo migrana vestibular

Referência(s)
Altmetric
PlumX