As rosas: fluxo, ciclo e dualidade em Orides Fontela
2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 24; Issue: 3 Linguagem: Português
10.17851/1982-0739.24.3.161-176
ISSN1982-0739
AutoresFernando Ulisses Mendonça Serafim,
Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoEste artigo se propõe a refletir sobre o modo como o tempo e suas feições são exploradas na poesia da escritora brasileira Orides Fontela (1940-1998). Às vezes posicionado como uma estratégia de compreensão do efêmero, às vezes mobilizado na forma de uma representação do etéreo, às vezes somando essas duas contingências, seu discurso poético não raro subverte a própria estrutura da poesia e do tempo poético, o que torna o questionamento temporal uma marca perene de sua escrita. A compreensão dessas circunstâncias envolve também certas noções filosóficas de tempo em seus desdobramentos mais sensíveis, o que é explicado pela formação da autora nessa área. Para demonstrar essas noções, empregamos como parâmetro de nossa análise alguns elementos muito frequentes em sua poesia, e, como símbolo privilegiado de tais concepções, a figura da rosa, da rosácea e das flores.
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