Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Platão é entediante.

2019; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; Volume: 4; Issue: 8 Linguagem: Português

10.34024/limiar.2017.v4.9204

ISSN

2318-423X

Autores

Ernani Chaves,

Tópico(s)

Linguistics and Language Studies

Resumo

O objetivo do presente artigo é procurar elucidar uma passagem enigmática no Crepúsculo dos ídolos, na qual Nietzsche caracteriza Platão como entediante. Essa tentativa de elucidação pressupõe a inserção do tema do tédio tanto na própria obra de Nietzsche quanto no contexto histórico-cultural de sua época. Nessa perspectiva, se o tema do tédio se articula ao do estilo, em especial tendo em vista o que Nietzsche chamou de “estilo da décadence”, por outro lado ele também está ligado à própria concepção de filosofia, a qual, desde Platão se constitui como a dominante em nossa cultura, concepção que favorece os “ideais”. Procura-se mostrar, por fim, que mesmo que Nietzsche critique severamente Platão, por outro lado, ainda no Crepúsculo dos ídolos, ele não deixou de valorizar o impulso erótico que caracterizou o fundamento da filosofia platônica.

Referência(s)
Altmetric
PlumX