
Cristianismo ou conservadorismo? O caso do movimento anti-aborto no Brasil
2020; FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE; Issue: 36 Linguagem: Português
10.21669/tomo.vi36.12777
ISSN2318-9010
Autores Tópico(s)Religion, Society, and Development
ResumoO objetivo deste artigo é interpretar atuação do movimento anti-aborto no Brasil ressaltando seu caráter conservador em detrimento de sua caracterização como um movimento cristão ou anti-secular. O movimento anti-aborto teria surgido após a redemocratização como um contra-movimento em oposição ao avanço do movimento feminista, passando a realizar posteriormente inúmeras disputas relacionadas a pautas feministas, LGBT, e relacionadas à defesa de direitos humanos no legislativo, no judiciário e em protestos e demonstrações públicas. O argumento principal desenvolvido neste artigo, a partir da revisão da literatura especializada e reunião de informações relacionadas aos atores políticos envolvidos no embate em torno da questão do aborto, é de que a atuação como movimento social, e não apenas com base na atuação de padres, missionários e bispos, fez com que fosse possível para os ativistas anti-aborto aglutinar em torno de um mesmo discurso pessoas conservadoras que simplesmente se identificassem com suas pautas independentemente de sua confissão religiosa, e para tanto mobilizam fundamentalmente argumentos seculares.
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