Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Adesão ao tratamento de diabetes Mellitus e relação com a assistência na atenção primária

2020; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS; Volume: 24; Issue: 1 Linguagem: Português

10.5935/1415-2762.20200008

ISSN

2316-9389

Autores

Aliny de Lima Santos, Sônia Silva Marcon, Elen Ferraz Testón, Ivi Ribeiro Back, Iven Giovanna Trindade Lino, Vanessa Carla Batista, Laura Misue Matsuda, Maria do Carmo Fernandez Lourenço Haddad,

Tópico(s)

Health, Nursing, Elderly Care

Resumo

Objetivo: verificar a associação entre a adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso e as práticas assistenciais prestadas às pessoas com diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF). Método: estudo transversal, do tipo inquérito domiciliar, realizado com pessoas com DM2 cadastradas nas 65 equipes urbanas da ESF, selecionadas aleatoriamente e de forma estratificada por equipe. Os dados foram coletados no primeiro semestre 2014 mediante entrevista estruturada e na análise, usando-se regressão logística, considerando-se associação significativa quando p≤0,05. Resultados: as 408 pessoas participantes tinham idade média de 66,5 anos, 84,1% relataram aderir ao tratamento medicamentoso, 29,4% realizavam atividade física regularmente e 24% tinham alimentação adequada. Após ajustes, as variáveis que permaneceram associadas ao tratamento medicamentoso foram: não participação em atividade de educação em saúde (p=0,012) e ser atendido pelo mesmo enfermeiro (p=0,048). Em relação ao medicamentoso, a adoção de alimentação adequada apresentou associação com verificação trimestral da glicemia capilar (p=0,011) e ser questionado, durante o atendimento, sobre a prática de atividade física (p=0,012) e a prática de atividade física regular com participação em atividades de educação em saúde (p=0,031), estar satisfeito com a assistência (p=0,04), ser atendido no mesmo dia em que procurou a UBS (p=0,017) e os profissionais perguntarem sobre sua saúde (p=0,011). Conclusão: as pessoas com DM2 apresentaram boa adesão ao tratamento medicamentoso e baixa adesão ao não medicamentoso, indicando que as equipes da ESF precisam ampliar a implementação de ações de promoção da saúde, prevenção e controle da doença e suas complicações.

Referência(s)