Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

ANLEHNUNG: O RUDIMENTO DO FEMININO EM FREUD

2019; Volume: 11; Issue: 30 Linguagem: Português

10.36311/1984-8900.2019.v11.n30.03.p20

ISSN

1984-8900

Autores

Diego Luiz Wamling,

Tópico(s)

Gender, Sexuality, and Education

Resumo

Das tópicas pulsionais, interrogaremos o rudimento do feminino em Freud. Acentuaremos que o austríaco foi capaz de reconhecer seus descaminhos e propor uma via interpretativa que, não-toda, aponta à sexualidade não-fálica – feminina. Balizados pelas problematizações dos Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade (1905), da Introdução ao Narcisismo (1914) e pelos empreendimentos entorno do apoio vital da sexualidade, indagaremos um horizonte capaz de restituir a ambivalência psicanalítica. Com as predileções anaclíticas, entenderemos que Freud amplia a sexualidade para pensar o feminino como via de contato com o anobjetal – a indeterminabilidade passiva de nossos atos. Inicialmente, veremos como, na primeira tópica, o autor passa por alto a descrição do feminino ao circunscrever a unificação das pulsões sob a primazia de representantes fálicos. Disto, advogaremos que, alicerçado pelo conceito de Anlehnung (apoio/anáclise), Freud revê seus pressupostos e enxerga no feminino um horizonte tácito aos investimentos substitutivos. Vital, este rudimento indicarnos-á um mais-além de gozo que escapa a quaisquer cristalizações do saber.

Referência(s)