Artigo Acesso aberto Revisado por pares

Current costs of heart failure in Portugal and expected increases due to population aging

2020; Elsevier BV; Volume: 39; Issue: 1 Linguagem: Português

10.1016/j.repce.2019.09.009

ISSN

2174-2049

Autores

Miguel Gouveia, Raquel Ascenção, F Fiorentino, João Nuno Marques Parracho Guerra da Costa, Paula Broeiro, Cândida Fonseca, Margarida Borges,

Tópico(s)

Cardiovascular Function and Risk Factors

Resumo

Heart failure (HF) is a growing public health problem. This study estimates the current and future costs of HF in mainland Portugal. Costs were estimated based on prevalence and from a societal perspective. The annual costs of HF included direct costs (resource consumption) and indirect costs (productivity losses). Estimates were mostly based on data from the Diagnosis-Related Groups database, real-world data from primary care, and the opinions of an expert panel. Costs were estimated for 2014 and, taking population aging into account, changes were forecast up to 2036. Direct costs in 2014 were є299 million (39% for hospitalizations, 24% for medicines, 17% for exams and tests, 16% for consultations, and the rest for other needs, including emergencies and long-term care). Indirect costs were є106 million (16% for absenteeism and 84% for reduced employment). Between 2014 and 2036, due to demographic dynamics, total costs will increase from є405 to є503 million. Per capita costs are estimated to rise by 34%, which is higher than the increase in total costs (+24%), due to the expected reduction in the resident population. HF currently has a significant economic impact, representing around 2.6% of total public health expenditure, and this is expected to increase in the future. This should be taken into account by health policy makers, alerting them to the need for resource management in order to mitigate the impact of this disease. A Insuficiência Cardíaca (IC) é um problema crescente de saúde pública. Este estudo estima os custos atuais e futuros da IC em Portugal Continental. A estimativa dos custos foi realizada na ótica da prevalência e na perspetiva da sociedade. Os custos anuais da IC incluíram os custos diretos (consumos de recursos) e indiretos (impacto na produtividade da população). Utilizaram-se maioritariamente dados da Base de Dados de Morbilidade Hospitalar, dados da prática clínica real relativamente aos consumos nos cuidados primários e opiniões de peritos. Estimaram-se os custos para 2014 e, tendo em conta o envelhecimento da população, a evolução dos mesmos até 2036. Os custos diretos em 2014 totalizaram є299 milhões (39% por internamentos, 24% por medicamentos, 17% por meios complementares de diagnóstico e terapêutica, 16% por consultas, e o restante por outras rubricas como urgências e cuidados continuados). Os custos indiretos totalizaram є106 milhões (16% por absenteísmo e 84% por redução de emprego). Entre 2014 e 2036, por efeitos demográficos, os custos totais passarão de є405 para є503 milhões. O aumento nos custos por habitante será de 34%, um aumento superior ao dos custos totais (+24%) dada a redução prevista da população residente. A IC tem um importante impacto económico atual (cerca de 2,6% do total das despesas públicas em Saúde) e previsivelmente maior no futuro, o qual deve ser tido em consideração pelos responsáveis pelas políticas de saúde por forma a adequar a gestão de recursos atual e futura e minimizar o impacto desta doença.

Referência(s)