
Decolonialidade, lugar de fala e voz-práxis estético-literária: reflexões desde a literatura indígena brasileira
2020; Unversidade Federal do Rio de Janeiro; Volume: 22; Issue: 1 Linguagem: Português
10.1590/1517-106x/20202215974
ISSN1807-0299
AutoresLeno Francisco Danner, Julie Dorrico, Fernando Danner,
Tópico(s)Urban and sociocultural dynamics
ResumoResumo Argumentaremos, por meio da análise da literatura produzida por intelectuais indígenas brasileiros/as hodiernos/as, acerca da centralidade do lugar de fala das minorias em termos de crítica, reconhecimento e resistência. Enfatizaremos a imbricação e o sustento entre epistemologia e política que convergem e aparecem diretamente no sujeito-grupo menor. Sua singularidade antropológica e sua condição de marginalização, exclusão e violência, uma vez publicizadas política e culturalmente, implicam na desnaturalização e na politização da sociedade, pluralizando histórias, experiências, sujeitos, práticas e valores. Assim, no sujeito-grupo de minorias, converge o próprio processo histórico-político de formação da sociedade, em suas potencialidades e contradições. É aqui que a voz-práxis estético-literária das minorias adquire toda a sua pungência e, por meio da abertura paradigmática possibilitada pela arte, leva a uma perspectiva de descolonização da cultura e de descatequização da mente que gera crítica social acentuada e reflexividade política intensificada.
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