Artigo Acesso aberto Produção Nacional Revisado por pares

Áreas com queda da cobertura vacinal para BCG, poliomielite e tríplice viral no Brasil (2006-2016): mapas da heterogeneidade regional

2020; Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz; Volume: 36; Issue: 4 Linguagem: Português

10.1590/0102-311x00015619

ISSN

1678-4464

Autores

Luíz Henrique Arroyo, Antônio Carlos Vieira Ramos, Mellina Yamamura, Teresinha Heck Weiller, Juliane de Almeida Crispim, Denisse Cartagena-Ramos, Miguel Fuentealba-Torres, Danielle Talita dos Santos, Pedro Fredemir Palha, Ricardo Alexandre Arcêncio,

Tópico(s)

Virology and Viral Diseases

Resumo

A imunização é reconhecida como uma das intervenções mais bem-sucedidas e custo-efetivas, resultando na erradicação e no controle de diversas doenças em todo o mundo. Todavia, uma preocupante redução na cobertura vacinal tem sido observada no Brasil, trazendo o recrudescimento de algumas doenças até então superadas. Dessa forma, no intuito de realizar um diagnóstico situacional que pondere as diferentes regiões do país e a tendência temporal de cobertura vacinal, o presente estudo teve o objetivo de evidenciar áreas com queda da cobertura vacinal de BCG, poliomielite e tríplice viral no Brasil por meio de um estudo ecológico que coletou informações acerca do número crianças de até um ano de idade imunizadas para essas três vacinas, no período entre 2006 e 2016, por município brasileiro. Os dados foram adquiridos por meio do Departamento de Informática do SUS. Foi realizada uma varredura espacial, analisando as variações espaciais nas tendências temporais de cobertura vacinal. Foi observada uma tendência de redução no número de imunizações no Brasil, com quedas de 0,9%, 1,3% e 2,7% ao ano para BCG, poliomielite e tríplice viral, respectivamente. Ademais, aglomerados significativos com tendências temporais de redução da cobertura vacinal foram verificados em todas as cinco regiões brasileiras. O estudo evidencia uma importante redução na cobertura vacinal nos últimos anos, constatando heterogeneidades consideráveis entre os municípios. Dessa forma, uma atenção singular e planejamento estratégico condizente com as características de cada localidade são necessários para o controle tanto da redução de cobertura vacinal como do reaparecimento de doenças no Brasil.

Referência(s)