
A literatura de autoria feminina no Brasil: um estudo sobre a trajetória de Francisca Júlia
2020; Editora da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (EDIPUCRS); Volume: 13; Issue: 1 Linguagem: Português
10.15448/1984-4301.2020.1.35148
ISSN1984-4301
Autores Tópico(s)Literature, Culture, and Criticism
ResumoEste artigo objetiva considerar a trajetória poética de Francisca Júlia da Silva Munster (1871-1920), escritora paulista que publicou quatro livros, sendo Mármores (1895), Livro da Infância (1899), Esphinges (1903) e, por último, em parceria com o irmão, publicou Alma Infantil (1920). A poeta foi uma das precursoras da inserção feminina na literatura a partir de uma perspectiva também feminina, pensando o corpo da mulher na literatura sob uma ótica também da mulher. A escritora enfrentou um sistema social pautado nos valores patriarcais e no silenciamento feminino, mas alcançou singular reconhecimento no cenário literário daquele período, no entanto, definhou-se ao longo do tempo até que se tornasse esquecida nas prateleiras das bibliotecas e carente de visibilidade e reconhecimento nos estudos científicos da atualidade. Para o embasamento teórico, alguns críticos foram considerados para subsidiar as discussões, principalmente, os estudos críticos de Ramos (1961) e Camargos (2007), pautados na trajetória poética de Francisca Júlia e no alcance de seu nome, seja em meados do século XX, seja nos anos seguintes de sua morte. Paraalém desses, outros teóricos, foram utilizados para compreendermos as temáticas e o modo como se organiza a sua produção poética.
Referência(s)